"Existe um espaço entre o tesão e o descontrole onde se misturam loucura e sonho... É neste espaço que quero me perder com você... Élfica"

domingo, 27 de abril de 2008

"A vida é uma longa lição de humildade."




"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores" Cora Coralina

Amor II...

http://www.xamanismo.com.br/Roda/SubRoda1191072387010It009

Amor I...


Em assuntos de amor são os loucos quem têm mais experiência.
Sobre o amor, não perguntes nada aos sensatos: os sensatos amam sensatamente, o que equivale a nunca ter amado.


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O Gozo En-Cena: Sobre o Masoquismo e a Mulher


O gozo feminino não porta nenhum saber, porque escapa, também, ao domínio do corpo. Uma mulher o experimenta e pouco pode dizer sobre ele, por estar mais próxima ao real. São as mulheres que lembram aos homens que os semblantes fálicos, com os quais eles se enganam, pouco valem comparados com o real do gozo. Um homem pode ser uma devastação para uma mulher, por convocá-la ao real do sexo, ou seja, ao que está além da castração.

Ne me quitte pas (Jacques Brel)



Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit deja
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas

Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'apres ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racont'rai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas

Descobrindo Masoch...


Gilles Deleuze em Apresentação de Sacher-Masoch, ensaio introdutório de Vênus das Peles de Masoch - cujo original pode ser encontrado no Domínio Público, esse livro está esgotado há anos - pretende desfazer um enorme engano: o sado-masoquismo. O sadismo e o masoquismo não são a mesma coisa, não são diferentes faces da mesma moeda, aquele que faz sexo com o sádico não é o masoquista e vice-versa.

Propondo uma leitura crítica e uma clínica de Sade e de Masoch, Deleuze fala de suas originalidades artísticas e dos mecanismos próprios dos desvios por eles descritos e deles emprestados pela psicanálise, livrando-os do título "pornográficos", o que eles fazem na verdade seria "pornologia" já que em seus textos a linguagem erótica "não se deixa reduzir às funções elementares de comando e de descrição".

Em Sade o raciocínio é uma violência, e os violentos são rigorosos, serenos e calmos; o sádico é demonstrativo, impessoal. Deleuze fala do "espinosismo de Sade", no seu espírito matemático característico de seu naturalismo e mecanicismo, de sua razão demonstrativa. Já Masoch, em sua imaginação dialética, seria platônico.

A possessão é a loucura do sadismo, e para isso precisa das instituições, enquanto o masoquista precisa das relações contratuais para sua loucura própria, o pacto. Tal pacto é necessário para a vítima que busca seu carrasco, ela precisa convencê-lo, persuadi-lo e formá-lo, fazer com ele um acordo, uma aliança, e é a vítima que fala através de seu carrasco, que na verdade nada mais faz do que aquilo que a vítima deseja.

As "revelações" de Freud sobre o papel dos pais na formação sexual até hoje me parecem um pouco chocantes, é difícil encarar certas coisas, e é aí que o texto de Deleuze fica mais interessante ainda, na análise psicanalítica do sadismo e do masoquismo. É pela união sodomita com o pai que as heroínas sádicas se formam, numa união contra a mãe, no masoquismo, ao contrário, quem é negado é o pai, quando o masoquista apanha não é o pai que bate e sim é o que há de pai nele que é surrado e assim anulado.

Como sempre nos textos de Deleuze a conclusão é brilhante, ele enumera onze pontos que resumem seu ensaio e que, de alguma forma, provam o "monstro semiológico" que é o sadomasoquismo. O sétimo diferencia o estetismo de Masoch do antiestetismo de Sade e o nono ponto, sobre a psicanálise, deixa claro que o que triunfa no sadismo é o superego e a identificação, enquanto no masoquismo é o ego e a idealização. No último ponto Deleuze retoma o que crê ser a diferença mais radical entre os dois, a apatia sádica e a frieza masoquista.

Por mais que eu escrevesse, um blog não é necessariamente o local ideal para fazer uma dissertação sobre o texto, que realmente merece mais e melhores palavras, mas fica mais como um lembrete para quem possa ler e para mim mesma da qualidade do ensaio de Deleuze, e do chamado que ele nos faz para que nos voltemos aos escritos dos dois autores.

*Escolhi a imagem acima para abrir o texto porque o episódio de Judite decapitando Holofernes não saía da minha cabeça - que ironia - enquanto lia Masoch.

"(...)pode-se sempre falar da violência e da crueldade na vida sexual; pode-se sempre mostrar que essa violência ou essa crueldade se combinam com a sexualidade de diversas maneiras; pode-se sempre inventar os meios de passar de uma combinação para outra." (Deleuze, Gilles Apresentação de Sacher-Masoch, trad. José Bastos, p.140)

“Não é só a inércia a responsável pelo fato das relações humanas se repetirem caso após caso indescritivelmente monótonas e viciadas. É a inibição frente a qualquer experiência nova e imprevista com a qual não nos achamos capazes de lidar. Mas só alguém que esteja disposto a qualquer coisa, que não exclua nada, nem mesmo o mais enigmático, viverá a relação com o outro como uma experiência viva” Rilke (Creio que esse é o texto que mais cito).

sábado, 26 de abril de 2008

...




...toco-me

com a suavidade dos teus dedos...





.

a quem for, um dia, O Mestre de mim...


Não sei amar levemente: amo com intensidade, amo com todas as minhas forças... amo inteira; amo de corpo e alma. Não sei amar sem consequências: entrego-me por completo ao amor, entrego-me ao desejo, entrego-me às fantasias, entrego-me nos teus braços. Não sei amar levianamente, abreviadamente, ligeiramente... amo apaixonadamente, ardentemente, desatinadamente. Amo e amo muito e amo sempre. .

eu amo Você assim...


eu amo você assim
com o corpo em brasa
e a boca molhada
para Te servir

eu amo Você assim
de todas as formas
que Você pedir

eu amo Você assim
com a alma presente
e o corpo ardente.

é assim que quero Você
em mim...

Sonho...












Na leveza
desse encantamento
me perco
te encontro e
sentindo
a doçura dos seus lábios
durmo
mansamente
em seus braços.

Sem você...


(Composição: Tom Jobim / Vinícius de Moraes)

Sem você

Sem amor

É tudo sofrimento

Pois você

É o amor

Que eu sempre procurei em vão

Você é o que resiste

Ao desespero

E à solidão

Nada existe

E o tempo é triste

Sem você

Meu amor

Meu amor

Nunca te ausentes de mim

Para que eu viva em paz

Para que eu não sofra mais

Tanta mágoa assim

No mundo sem você .

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O meu amor...


O meu amor tem um jeito manso que é só seu e que me deixa louca quando me beija a boca

A minha pele toda fica arrepiada e me beija com calma e fundo

Até minh'alma se sentir beijada.


O meu amor tem um jeito manso que é só seu

que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes

depois brinca comigo, ri do meu umbigo e me crava os dentes.


O meu amor tem um jeito manso que é só seu

Que me deixa maluca, quando me roça a nuca e quase me machuca com a barba mal feita e de pousar as coxas entre as minhas coxas quando ele se deita.


O meu amor tem um jeito manso que é só seu de me fazer rodeios, de me beijar os seios me beijar o ventre e me deixar em brasa

Desfruta do meu corpo como se o meu corpo fosse a sua casa...

lapidação...

Pra mim, no meu íntimo, vejo a submissa como aquela mulher que aprende em tudo como agradar o Dono. Desde as coisas menores como a forma de lhe servir o café ou acender-lhe um cigarro, passando por cuidar de Suas coisas (não ser sua empregada, apenas organizar-Lhe a vida de forma prática) ensinando a empregada, o jardineiro, pondo em ordem seus papeis pessoais, as camisas na ordem que gosta no armário, buscar Seu carro na oficina, satisfazer-Lhe no sexo e nas práticas que aprecie.Ele dedica também sua vida a ela, na determinação de apreciar seu aprendizado, seu esforço, o sofrimento quando erra, o medo do castigo, a alegria do elogio, o prazer em ter superado obstáculos em práticas ou o que quer que seja...
Ele admira aquela pedra bruta que Ele nem sabia até que ponto poderia ser lapidada... se seria um belo Diamante, uma jóia rara ou uma jóia menos valiosa, ou se pouco passaria de seu estado e pedra bruta, e Ele ali... vê o belo trabalho que fez... suspira com um singelo sorriso nos lábios e sente Seu coração bater forte... e satisfeito, toma aquela menina nos braços enxuga-lhe as lágrimas da face e depois de um longo beijo ele diz: “há mais menina... há sempre mais” Entre todas essas coisas, TOP molda essa criatura ajoelhada a Seus pés de forma que ela se torne única e especial, para que um dia então, ele possa dizer: ”essa é minha menina, a pedra bruta que transformei em diamante” (texto de mircala)


vagamente...


"pelo menos eu sabia quem era quando acordei hoje de manhã,mas acho que, desde então, mudei várias vezes"

[Alice no país das maravilhas]


Renascida...

















Perfil novo... blog novo... me excluíram novamente!
Acho que não gostaram do meu bom gosto novamente... cenas de entrega, prazer e dor, satisfação, gozo, sedução... tudo isso assustou alguém por aí... que pena! Um brinde à carne fraca! Um viva ao prazer! Saúde a todos.


25/04/2008... novo início!