"Existe um espaço entre o tesão e o descontrole onde se misturam loucura e sonho... É neste espaço que quero me perder com você... Élfica"

terça-feira, 30 de março de 2010

?

Apenas cansada... muito cansada hoje... e por enquanto.

Tem dias...

...que é muito bom não ter explicação... nem pra si... 

Assim, estamos protegidos até de nosso pensamentos.

domingo, 28 de março de 2010

um domingo no circo...

Domingo é dia esquisito...
Tem barulho de criança correndo na rua. bicicletas rodando pra lá e pra cá... Gente jogada no sofá de pijama o dia inteiro... telefone fora do gancho ou preguiça de atendê-lo - caso ele toque... e tem telefone, como o meu, qeu não funciona por causa da Natureza que achou conveniente derrubar-lhe um poderoso raio e derreter os fios da central de distribuição...

Domingo é realmente um dia muito esquisito. Tem sono que começa quando acordamos e só termina na hora de dormir, quando necessitamos realmente dormir... ai vem aquela costumeira insônia que se estende até a hora de acordar pra trabalhar... e por falar em trabalho, acho que é por isso que a preguiça do domingo é ardida... é um dia de des-descanço... eu realmente detesto domingo... mas AMO a sexta-feira... eu até gosto da segunda!... é sinal de que a sexta e o sábado estão chegando!!! Ora, sejamos otimistas nestas horas!

Será que todo mundo enxerga ou concebe o raios do domingo como eu???

Por que é assim?

A tv só tem porcaria... os cinemas são lotados de pessoas aparentemente distraídas e aparentemente felizes...

Por isso hoje meu domingo será diferente: vou ao circo.

É... é muita verdade isso: élfica vai ao circo!

Vou ver o que os palhaços fazem de diferente de mim. Vou assistir ao "show" dos horrores dos animais cativos (que sonho em libertá-los!) Ahhh sim... eu sonho em soltar todos os animais presos em circos ridículos que ainda insistem em mostrar animais inutilmente adestrados, estuprados da sua real natureza, transformados em coisas que os sábio e poderoso homem os transformou: coisas...

Ontem, ao chegar no posto de combustíveis para abastecer meu possante, vi uma cena inusitada: um tratador lavando o elefante em pleno pátio do tal posto... estacionei, desci do carro e fiquei assistindo aquilo. Correntes num tornozelo cheio de escaras, super-apertado... o animal não parava de se mexer: constantemente se movia pra frente e pra trás sem tirar os pés do chão... apenas se mexia. Talvez quisesse correr, chegar até uma sombra... encontrar alguma poça de lama pra brincar... ou sair por ai, encontrar um par, amigos, andar junto de algum bando que o aceitasse (os elefantes são muito receptivos a amizade)... ou talvez, deprimido, buscasse fugir das correntes e encontrar uma sombra digna de abrigar a sua morte... ele parecia-me muito velho e cansado.

Eu chorei. Não sei o que me fez chorar ali, na rua... ou melhor, eu sei.

Pra quem gosta de domingo... carpe diem!

Beijos de magia sempre...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Um desabafinho...

Ando despreocupada...


Geralmente, não aprecio estar despreocupada... gosto de nervos saltando... em questão, os meus (!). 

Mas uma coisinha que me incomoda é um comportamento provinciano que leio com certa frequência em blogs de algumas "submissas". É um tema muito insignificante, pra ser bem objetiva (outra coisa que não aprecio muito, também). Muitas "submissas" se preocupam demais com os problemas alheios... tenho um amigo, que me ensinou uma coisinha nada meiga, mas até interessante: cada um cuida do teu c... no meu caso, preservo-o para o Dono... quem cuida é Ele... mas, retomando o tal tema que não me preocupa mas incomoda, vou tentar explicar: coisinhas do tipo "cansada da falta de comprometimento do povo SM no Brasil". 
Minha barriga torce quando leio coisa desse tipo... mas ai me vem a santa paciência: calma, elfa... é apenas uma forma da pessoa se expressar quando não tem nenhum conteúdo próprio, então se preocupa com assuntos (?) sem fundamento.
Alguém pode me explicar, por favor, o que é o povo SM? E se puder e não for muito, pode me explicar que raios de comprometimento (e com o que) esse povo deve se preocupar???
Elfa pensando aqui... será que há uma bandeira a ser levantada, uma passeata BDSM na av. Paulista, como fazem os GBLTS-Z??
Me esforçando pra tentar conceber tal coisa... comprometimento do povo SM no Brasil... até onde penso, submissa tem comprometimento com o DONO que a tem... mas se ela quer se comprometer com o Brasil, então troque a coleira! Oh gente! Imagine que coisa interessante: {sub}__BRASIL!! Dom Brasil... Master Brasil... Sr Brasil!!!

Às pessoas que por aqui passarem que me perdoem, mas esse tipo de perguntinha cretina de pseudo submissa me dá nojo! Por que a pessoinha não se engaja em algum projeto interessante e de real importância como reflorestar a Mata Atlântica? Ou quem sabe, ensinar métodos contraceptivos em comunidades carentes? Ou ainda, varrer as guias da marginal Pinheiros e da Tietê? Poderia, também, quem sabe, "a nível de" (DOEEEEUUUUUU escrever isso) Brasil, propor algo realmente interessante no BDSM que é cuidar da vidinha própria e servir seu doninho com o mesmo amor e carinho que tem servido há bem vividos 2 meses!


Bem... à sombra (sim... sombra! nada de luz nessa hora!) das evidências penso eu, já um pouco atormentada, que talvez o povo SM seja algum grupo nômade que se perdeu pelo deserto do Saara quando buscavam, na verdade, chegar a Maomé... por isso povo SM: povo da conexão Saara-Maomé... será??? Hmmm... interessei... será que usam burca? Acho que DONO vai gostar de elfa de burca (sem roupinha por baixo, claro!) passeando por ai e plugada, claro!... acho que quero ser povo SM!!!!


Obrigado por aturarem meu desabafo-elfa-garota-TPM!



quinta-feira, 11 de março de 2010

Salmo...



de Edu Lobo e Chico Buarque (adaptação: Élfica)

 Meu corpo está sofrendo...
É grande o meu torpor
Eu vou enlanguescendo
Rendo-vos mil graças, meu Senhor

Conturbam-se meus ossos
Meu vulto perde a cor
Minh'alma está confusa
Fustigai-me, meu Senhor

Meu DONO abri-me as portas
Da eterna servidão
Lançai-me vossa cólera
Em todos os templos...

Um outro tipo de mulher nua...




 


Texto de Martha Medeiros...


Nunca vi tanta mulher nua. Os sites da internet renovam semanalmente seu estoque de gatas vertiginosas. O que não falta é candidata para tirar a roupa. Serviu cafezinho numa cena de novela? Posa pelada. É prima de um jogador de basquete? Posa pelada. Caiu do terceiro andar? Posa pelada.


Depois da invenção do photoshop, até a mais insignificante das criaturas vira uma deusa, bastando pra isso uns retoquezinhos aqui e ali. Dá uma grana boa. E o namorado apóia, o pai fica orgulhoso, a mãe acha um acontecimento, as amigas invejam, então pudor pra quê?


Não sei se os homens estão radiantes com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos. Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente.


Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.

Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não boneca s de porcelana.

Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.


Pouco tempo atrás, posar nua ainda era uma excentricidade das artistas, lembro que esperava-se com ansiedade a revista que traria um ensaio de Dina Sfat, por exemplo - pra citar uma mulher que sempre teve mais o que mostrar além do próprio corpo.

Mas agora não há mais charme nem suspense. Estamos na era das mulheres coisificadas, que posam nuas porque consideram um degrau na carreira. Até é. Na maioria das vezes, rumo à decadência.


Escadas servem para descer também. Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo.


Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.

Não conheço strip-tease mais sedutor.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Um dia nosso, por Heloneida Studart

 "Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem".

"Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente esqueceu, morrendo tuberculosa.
Estes episódios marcaram para sempre e a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos".




Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E, com isso, Barbies de facaria, provocaram em muitas outras mulheres; as baixinhas, as gordas, as de óculos; um sentimento de perda de auto-estima. Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composta de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo. Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representadopor pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência. É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas.
São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer à ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.



Às Companheiras de BDSM, baunilhas, de trabalho, de luta, de alegria e farra... às companheiras de todas as partes, apenas uma reflexão... FELIZ todos os dias porque todo dia é Dia da Mulher!

Beijos mágicos da Élfica...
 
  
  
  
  
 
 
 
 
  
 

quarta-feira, 3 de março de 2010

S.L.


Eu que me deleito na companhia do Rei não dou atenção às outras criaturas... 
Cubro meus olhos com um capuz para poder repousar meus pés à sombra do dELE... 
fui educada para ter a melhor conduta e pratico a abstinência como os penitentes a fim de que, quando levada à presença do Rei, possa fazer exatamente o que os pensamentos dELE exigem  de mim. 
Élfica...

segunda-feira, 1 de março de 2010

sentidos... meus DELE


Hoje...
sal
e
saudade
TUA.


Arde.

Procurando
-TE
no
que
sobrou
:
...
Ainda
está
o
gosto
TEU
em
mim.

Alimento
-me,
então,
do
que
hoje
me
resta...
Gosto de gozo de DONO...

SUA
sombra
elfa.